29 outubro 2007

Qual é o fascínio exercido por tradutores na literatura e no cinema? Posso citar agora, sem pensar muito, três exemplos recentes: livros cujos personagens centrais são tradutores. "Travessuras da Menina Má", do Mario Vargas Llosa; "Até o Dia em que o Cão Morreu", de Daniel Galera, e "O Passado", de Alan Pauls. Os dois últimos eu não li, apenas assisti às adaptações para o cinema feitas por Beto Brant e Renato Ciasca, "Cão Sem Dono", e Hector Babenco, "O Passado".

Os três são personagens errantes, que se tornam solitários devido a relacionamentos fracassados. Suas carreiras sofrem altos e baixos, parece que sua arte é volátil como a memória humana. O jogo de cintura para encarar palavras e expressões idiomáticas, em russo, francês, japonês ou inglês, contrasta com a falta de tato nos amores.

Daí que realmente parece mais fácil entender russo do que saber ler uma mulher.

4 comentários:

lu, a colodete disse...

ai, os homens gostam de complicar!
:)

e aí, gostou do filme do babenco? estou curiosa, já que estou adorando o livro.

Vitor Graize disse...

o filme do babenco é lindo. quer me emprestar o livro?

Anônimo disse...

empresto sim. tô quase acabando.

abraço da lu
[agora, identificada. :)]

Anônimo disse...

assisti Babenco e... a pessoa que estava comigo no cinema ficou estranha. primeiro segurava minhas duas mãos. depois soltou uma. em seguida a outra. estava de lado, logo tomou postura. me olhou afastado algumas vezes...

acho que ele teve medo. almas e ações femininas... na saída correu para o banheiro. eu fiquei esperando.

ele ria amarelo. que coisa esse filme...