Raimundo de Oliveira é um personagem admirável. Organizador do Femusquim, que já passou da décima edição, do Encontro de Chorinhos e Chorões, na quarta, dono do desalojado Botequim do Femusquim, apaixonado pelo bairro dos Alagoanos e pedreiro.
Maior produtor cultural da Capital, pela marginalidade dos eventos que organiza, sempre no alto do morro onde vive, longe dos centros consagrados da cultura na cidade, Raimundo não se rendeu aos cargos públicos, aos eventos pagos em espaços públicos, às ongs e associações montados apenas para arrecadar patrocínios.
Continua vivendo no morro, procurando um novo lugar para o seu bar ("de onde se possa avistar a cidade"), organizando seus festivais de música que movimentam a cidade e trabalhando como pedreiro para se manter.
17 abril 2008
07 abril 2008
expurga o que?
Chega a ser estranho encontrar o MySpace (indicado por um amigo) de alguém que você vê passar às vezes pela rua, que você sabe que toca em uma banda cover de The Strokes, mas nunca imaginou que fizesse música pra valer, gravasse em casa, no computador, e ainda por cima fosse essa música muito boa. Eu me sinto assim ouvindo o Fê Paschoal e suas três composições disponíveis. Mímica é a melhor delas.
Fê faz parte de um movimento chamado Expurgação, sem compromisso com a técnica e de inspiração hippie futurista. O manifesto do grupo está publicado em um blog, onde tentam se definir.
"Mas que saudade que me deu, pequenaDe letra ingênua em sua declaração de amor e um violão dedilhado, simples assim. Fez recordar, pelo jeito de cantar, Hermes de Aquino, compositor-de-um-hit-só, a linda Nuvem Passageira.
de namorar
Ver o luar no brilho branco do seu riso
que é de me cegar"
Fê faz parte de um movimento chamado Expurgação, sem compromisso com a técnica e de inspiração hippie futurista. O manifesto do grupo está publicado em um blog, onde tentam se definir.
"Somos um grupo de amigos vivendo em algum canto do mapa. Assim como você, vivemos nossas loucuras e angústias. Vivemos num mundo de explosão tecnológica e vemos os valores de nossos pais caindo por terra abaixo. Num lugar onde nada faz sentido, onde nossas dúvidas só aumentam a cada passo que damos, negamos a impotência que nos é relegada e tentamos dar nosso último suspiro, a cada dia que se passa. Num momento em que tudo o que fazemos é ensaiar o caos e inverter valores, a não-dualidade toma forma (de alguma foma) através da informação que flui pelas nossas cabeças."Fê Paschoal toca na Ufes nesta quinta, acompanhado de sua banda, Os Expurgadores, depois das 20h, no Auditório do IC2.
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