#1 nossas avós estão se acabando antes que nos dêem tudo que sabem, antes que eu ouça todas as histórias e me irrite com seus lamentos. os amigos de infância estão se casando, se juntando e fazendo planos. antes mesmo que eu planeje o dia seguinte ou rejeite a solidão.
#2 ouvindo Belchior. chorando Belchior. roteirizando Belchior.
29 setembro 2008
08 setembro 2008
Sexta-feira, em um sebo, me senti obrigado a adquirir duas obras raras: "O Reino dos Medas" (1971) e "As Mãos no Fogo: O Romance Graciano" (1984), ambos de Reinaldo Santos Neves. E isso me fez lembrar algumas coisas.
Além dos adjetivos compostos de melhor autor de romance confessional, um dos maiores escritores brasileiros e o melhor escritor que já produziu (e vem produzindo) obras em Vitória, Reinaldo pode se orgulhar de outros dois feitos.
O primeiro deles é a sensacional epígrafe de "Sueli: Romance Confesso" (1986), que diz:
Outra glória é a orelha de, se não me engano, "Kitty aos 22: Divertimento" (2006), na qual começa dizendo ter jurado nunca mais escrever orelhas de livros pra ninguém e por isso não poderia pedir pra outro escrever a do seu. Divertimento!
Comecei a ler os "Medas" e, cara, é impressionante o que Reinaldo faz com as letras. Como escreve esse seu primeiro romance em um ritmo alucinante, com repetições, de palavras, frases, idéias, que nunca soam desnecessárias, mas só contribuem para criar o clima delirante de um grupo de amigos que vive a loucura e a diversão de várias noites e dias, mas uma noite em especial: a do suicídio de um deles.
Pelo menos é isso o que está nas primeiras 68 páginas. E 68, nesse caso, significa mais que um número no rodapé da folha.
Além dos adjetivos compostos de melhor autor de romance confessional, um dos maiores escritores brasileiros e o melhor escritor que já produziu (e vem produzindo) obras em Vitória, Reinaldo pode se orgulhar de outros dois feitos.
O primeiro deles é a sensacional epígrafe de "Sueli: Romance Confesso" (1986), que diz:
"Eu sou euMais direto impossível.
Eles são eles
Sueli é você"
Outra glória é a orelha de, se não me engano, "Kitty aos 22: Divertimento" (2006), na qual começa dizendo ter jurado nunca mais escrever orelhas de livros pra ninguém e por isso não poderia pedir pra outro escrever a do seu. Divertimento!
Comecei a ler os "Medas" e, cara, é impressionante o que Reinaldo faz com as letras. Como escreve esse seu primeiro romance em um ritmo alucinante, com repetições, de palavras, frases, idéias, que nunca soam desnecessárias, mas só contribuem para criar o clima delirante de um grupo de amigos que vive a loucura e a diversão de várias noites e dias, mas uma noite em especial: a do suicídio de um deles.
Pelo menos é isso o que está nas primeiras 68 páginas. E 68, nesse caso, significa mais que um número no rodapé da folha.
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