coloco o último disco da banda preferida no discman e deixo a porta bater nas minhas costas. puxo o fecho do casaco até o pescoço e dou o play. gasto alguns minutos moldando meu passo, tentando andar da forma mais suave que posso para o cd não pular. junto comigo saem estudantes do turno da noite. saem do estádio municipal torcedores que acabaram de assistir a um clássico regional, ou apenas a um clássico qualquer. aponto para a fé e remo contra o frio.
a pela branca, sardas. e agora ouve rock. como não pensar que fomos feitos um para o outro? caminho e não consigo me desvencilhar da imagem da voz do olhar. quero aquecer meus pés junto aos dela e ter mil idéias de festas inacreditáveis em lugares abandonados.
desisto de andar quando termina a música. as ruas em silêncio. leito de águas marrons por onde passa a brisa caudalosa do inverno. vejo ladeiras a frente e elas desaguam num céu de estrelas. espero que a lua apareça amanhã ou depois.
Um comentário:
nham. o primeiro dos primeiros.
:)
eu gosto disso, e quantas vezes já disse não?
"a imagem da voz do olhar". e disso também. talvez seja o coldplay de agora.
de qualquer forma, ela aparece.
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