26 agosto 2010

Quanto de sol há na morena amarela que samba na roda sorrindo seus cabelos de leoa aos súditos animais que seguem em bando pelas cifras tortas com seus instrumentos surrados pelas mãos dóceis que em peles sopros e cordas somente imaginam sufocar o amor que lhes escorre pelos poros?

Por que não a idolatram e assim sambaria alegre aceitando lá-iá-lá-iás que lhe penetrariam os ouvidos e desceriam pelo ventre. Por que não não os acaricia ela e assim sentiriam versos subindo pelas pernas.

24 agosto 2010

ensaio versos em espanhol engulo a seco consoantes confundo bês com vês arrisco passos no escuro do seu tablado. mas me confundo todo não sei métrica cruzo as pernas em um traçado caótico prometo poemas que nunca serão lidos.

16 agosto 2010

entre as duas ou três coisas que meus pais não me ensinaram está a lição que diz respeito a esse blog: não transforme suas desilusões em textos medíocres.

E sendo difícil não ser ridículo na atual conjuntura, melhor nem escrever.

Vai cantar samba!
Vai ouvir Otto, menino!
Vai ouvir Caetano!