13 setembro 2006

ouvi dizer que no dia 15 de setembro, próxima sexta-feira, pela manhã, tem Trasversal e Rodrigo, Gustavo e Marcelo na Sinergia, Mostra de Audiovisual da UVV. Um dia antes acontece a última exibição pública (até que se prove o contrário!) do Não é só uma Passagem.

Ninguém sabe direito a lista de todos os vídeos selecionados, nem os diretores (eu, no caso) foram avisados. Isto porque a produção é falha, ao contrário do REC, da concorrente Faesa, impecavelmente organizado.

#1 E a Transborda? Eu, sinceramente, não entendi a aplicação de tão amplo conceito num festival. Alguém me explica como vai ser a seleção, por favor!

#2 Eu conheço um filme com borda de catupiry! Delícia!

#3 Qual a influência do Guy nestas coisas de borda? piada infame!

05 setembro 2006

tudo bem, eu nunca fui a Parati. cheguei a me inscrever para a oficina de jornalismo literário, mas minha viagem foi abortada. que era um festa esnobe eu já imaginava e amigos que foram reafirmaram. o marcelo mirisola, que eu não sei direito quem é, mas cujo nome eu já tinha ouvido em alguma conversa com a mara coradello, também foi à flip e, sarcasticamente, detonou o evento. enviado pelo zero hora para cobrir a "festa pobre", seu texto acabou rejeitado e, posteriormente, postado neste blog bem legal do mário bortolotto. transcrevo um pedacinho:

"Agora estou aqui nessa cidadezinha de merda,cercado por chiliques nacionais e internacionais,pela paisagem sonífera que encantou Debret,e pedras a judiar dos meus ligamentos;ladeado por escritores "engajados"... (me pergunto: "engajados no quê? Na chatice?") e - evidentemente - atrás de uma maria-rodapé pra comer acompanhada com feijão grosso e costelinha de porco." (tudo)

01 setembro 2006

cybershots

a câmera cybershot e a cultura videográfica. youtube por amostragem!

#1 Hello Kitty numa roda de capoeira: "samba hello kitty!" é intervenção urbana da mais pura linhagem: instantânea, surreal e divertida! site relacionado: culundriarmada.

p.s.: garimpagem do erly!

#2 Compre na Mercearia da Esquina inaugurou um gênero: pobre porco e morte ao porco.
há muito tempo não acontecia. alguns anos atrás, quando a mãe ainda servia seu prato no almoço, era comum deixar a mesa de repente e correr para a frente de casa. ficava ali, porta aberta, parado embaixo do alizar, a varanda à sua frente, do outro lado da grade a rua. e chegava a tempo de vê-la subir pela calçada oposta: os dedos da mão esquerda firmes entre os nós do pano de cozinha branco, o cabelo negro e solto, o quadril alternando como um pêndulo, o mesmo movimento que ele buscaria nas mulheres de todas as outras ruas das cidades pelas quais passou.

ela subia levando aqueles dois pratos de porcelana branca envoltos em pano branco e vestia sempre preto, saia e blusa. o marido, o irmão, o pai, o filho. alguém a esperava subir ladeira tão íngreme, uma destas figuras masculinas que, é certo, teriam a impaciência agravada pela fome. um homem que merecia dedicação de mulher, irmã, filha, mãe.

estático, ele esquecia de comer. vinham da mesa da sala de jantar os gritos pacientes da mãe e, ante o primeiro ruído de arrasto no assoalho da cadeira de cabeçeira do pai, respondia que estava voltando. teria ainda alguns segundos até que a perdesse de vista. na porta, na hora do almoço de todos os dias úteis, ele não queria mais a ordem da casa.

agora ele lembra. agora que é escravo de uma janela por onde vê passar o mesmo balanço em mulher outra. para alcançá-la será preciso arredar os móveis, remover os vasos de flores que tomam o sol da manhã na janela, pegar algum impulso e cair tropeçando naquele sapo de jardim.